quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

POLÍTICAS PARA A JUVENTUDE

Palmas é detentora do título de ter sido a primeira cidade e conseqüentemente o Estado a ter implantado uma Secretaria de Juventude. Tenho o privilégio de ter sido o segundo Secretário Municipal da pasta. Naquela época os recursos para os programas eram oriundos dos cofres do Município ou de parcerias com o Estado, muito pouco era oriundo do Governo Federal.
Na esfera Federal não tinha uma política especifica para juventude, como se tem hoje, através da Secretaria Nacional de Juventude, reforçando significativamente nos Estados e Municípios da Federação uma política mais eficaz na promoção do protagonismo juvenil, da igualdade, na formação dos jovens, qualificando-o para o primeiro emprego e também na prevenção a gravidez precoce, o envolvimento com drogas e etc. Ou seja, fazendo o trabalho de preventivo. O mesmo não se pode falar quanto às políticas de recuperação de jovens em conflito com a lei, a nível Estadual como já descrevi no último dia 01 de fevereiro nesta conceituada coluna com o título “A receita da violência urbana”.
Esta Política Nacional de Juventude não surgiu de uma hora para outra, assim, por acaso: trata-se de uma resposta do Governo Federal a uma cobrança da sociedade. Nos últimos anos, jovens e adultos se uniram para reivindicar a garantia dos direitos juvenis. Por conta dessa articulação intergeracional, a juventude está mais presente na agenda política brasileira e o Estado do Tocantins contribuiu de forma determinante na sua consolidação, graças às ações concretas da Secretaria Estadual de Juventude, que hoje continua sendo modelo aos demais Estados da Federação.
A parceria envolvendo as Secretarias de Juventude nos três níveis de governo tem feito uma verdadeira revolução no interior do nosso Estado, promovendo uma discussão crítica sobre temas relacionados diretamente a juventude como: família, educação, sua cidade, relação com o trabalho, (emprego, desemprego e subemprego), o tempo livre, drogas, cultura, meio ambiente, sexualidade, diversidade, política, a mídia, a liberdade, e etc. Ouvindo os seus anseios e colocando em prática ações nos Municípios do Estado, com políticas concretas, focando estes anseios, e que sejam enfim alcançados.
É preciso ouvir a juventude, pois o modelo atual de vida dos jovens está sendo o de conciliar o trabalho com os estudos, cuidar de filhos prematuros, contribuírem nas despesas em casa, a busca pela qualificação profissional, através de cursos profissionalizantes ou curso superior. Então a juventude esta precisando ser ouvida e tem muito a contribuir com sugestões para as políticas públicas voltadas pra eles, pois são os atores sociais destes “problemas” sociais.
Gosto de um refrão da música “Deixa-me ser jovem”, da CEBI – Comunidades Eclesiais de Base, que retrata este momento atual da juventude e que diz assim: “Deixa-me ser jovem, não me impeça de lutar, pois a vida me convida a uma missão realizar”. E a missão da juventude brasileira, é moralizar este país num futuro próximo e para que isso aconteça, é preciso ter políticas consistentes, concretas que envolva de fato a juventude nas decisões relacionadas a elas.
Tudo isto está acontecendo graças aos Fóruns e Conferências Municipais de Juventude que tem sido promovido pela Secretaria Estadual da Juventude em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude e muito bem abraçado pelos Gestores Municipais, o que dá mais credibilidade as discussões. Este tipo de política merece o reconhecimento da sociedade Tocantinense, pois se percebe que os gestores tanto da Secretaria da Juventude, como dos Municípios envolvidos, estão dando “a mão à palmatória”, um velho ditado popular. Ao convocar a juventude de seu município para ser ouvida, mesmo sabendo que pode ouvir algo que não agrade os seus ouvidos.
Estas Conferências e Fóruns que estão acontecendo em todo País, está sendo também um meio de pesquisa, da qual sairá documentos relatando o perfil da juventude brasileira. Possibilitando aos governos nos três níveis, instrumentos que vão proporcionar um planejamento com estratégias específicas relacionado a esta parcela da sociedade, evitando com isso, políticas ineficazes, algo comum nos governos brasileiros.
Acredito que uma grande festa da democracia, afirmando o que estou relatando aqui, acontecerá na Conferência Estadual no mês de março e na Conferência Nacional no mês de junho em Brasília. O Governo Estadual e Federal estão no caminho certo quando abraçam as causas relacionadas à nossa juventude que tanto gritou que tanto lutou décadas atrás e que continua gritando e que me parece agora, está podendo ser ouvida.
No entanto conclamo a juventude tocantinense a não perder esta oportunidade promovida pelo Governo Estadual e Federal, a levantar a sua bandeira, pois esta é sua hora, é sua vez!

Um comentário:

Unknown disse...

Aqui na minha cidade não ocupo cargos importantes, nem faço parte de nenhm cargo mais, ja fui de política, mas atuei como esrategisa e não como filiada, militante, mas quando eu abria a minha boca para falar eu enfatizava exatamente isso: a prevençao e a chamada dos jovens á responsabilidade da sua idade e não de uma idade mais avançada, sempre digo que o caminho é pela organização e pela prevenção e quase nunca pelo incentivo financeiro, mudei o panorama de uma cidade sem um tostão a mais, para cair ao leo no ano seguinte quando deixei a cidade.

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Lilian