segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A (IN) COERÊNCIA DO PT!

Militante político há 20 anos, de alguns segmentos partidários, e atualmente filiado ao PMDB, aprendi à analisar o contexto político, convivendo com vários lideres de Goiás e, principalmente, do Tocantins. Nos últimos dias, a política do Tocantins vive um estado inusitado, registrando a cada dia um fato novo, fazendo com que os analistas políticos repensem a sua forma de olhar o contexto político tocantinense. Em decorrência, dois fatos inusitados me chamaram à atenção no PT: a expulsão do deputado Manoel Queiroz e a filiação do técnico de futebol Wanderley Luxemburgo.
O PT, do Presidente da Republica Luis Inácio Lula da Silva, de lutas históricas, que revolucionou o Brasil, que deu notoriedade internacional ao País, um partido, no ponto de vista político, coerente em seus acordos, aqui no Tocantins, mostrou à sociedade uma incoerência gritante.
Ao expulsar deputado Manoel Queiroz, que tem a cara do Tocantins, que nasceu nas bases dos movimentos sociais no bico do papagaio, um legitimo representante do povo tocantinense e na contramão dessa expulsão ainda ter filiado ao partido o técnico de futebol Wanderley Luxemburgo, passou recibo da incoerência.
Luxemburgo é um pirata no navio petista, sem raízes com o Tocantins, muito menos com a vida política, nacional e estadual, sem militância, enfim, um estranho no ninho.
Será que o líder maior deste partido no estado acredita que o povo tocantinense é marionete? Será que o nosso povo vai eleger um cidadão apenas pelo seu nome, sem analisar sua trajetória política?
O eleitor já cometeu este erro no passado, quando elegeu para deputado federal de outro partido o radialista Mauricio Rabelo, de Brasília. Tenho certeza que o tocantinense não irá cometer o mesmo erro de novo.
Entristece-me ver um partido como o PT, grande, histórico, de raízes fincadas nos movimentos sociais, nas lutas classistas, de um histórico invejável cometerem aqui no Tocantins um erro que pode manchar pra sempre a sua historia.
Nada tenho contra a pessoa do técnico Wanderley Luxemburgo, mas ele querer utilizar do nosso espaço político para se promover, e o Partido dos Trabalhadores avalizar, isso eu não concordo, mas respeito à decisão desses lideres do partido, que, acredito, sabem o que estão fazendo.
Em 2010, o eleitor irá responder se o partido está certo ou se eu estou errado em analisar desta maneira. Mesmo assim, não poderia deixar de expressar o meu sentimento de indignação e tristeza com um partido pelo qual tenho respeito pela sua historia e seus líderes, mas que com esse ato cometeu certamente um erro histórico.