domingo, 27 de janeiro de 2008

DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR


Um fato importante que podemos destacar é: a fase de criança até a fase adulta, no período escolar do ensino fundamental e médio até a universidade. O sujeito experimenta vivências heterogêneas com os colegas que trazem consigo em suas culturas, costumes, crenças e junto com o professor é socializado em sala de aula formando um conjunto que proporciona a cada um dos membros novas experiências e relacionamentos mais fortes que marcarão sua trajetória de vida, principalmente na adolescência quando se quer dar “o grito de liberdade no lar, na escola e no meio social”. É o contexto escolar tem que saber lidar com essa rebeldia transitória que esta fase exige do sujeito.
O educador americano Stevenson, diz que “As crianças que não freqüentam a escola, além de não aprender muitos conceitos e estratégias complexas, também tem mais dificuldades para generalizar para um outro ambiente um conceito ou princípio aprendido. Portanto, freqüentar a escola ajuda as crianças a aprender, a pensar”. Este é o papel principal da escola levar o educando a pensar, a construir o seu próprio conhecimento, a partir do que é ensinado pelo professor e através das relações com seus colegas em sala. É um dos objetivos da escola estimular estas relações para que novos conhecimentos sejam construídos.
A escola precisa trabalhar o professor no sentido de que em sala de aula possa conhecer as habilidades de cada educando e trabalhá-las, para que ele possa sozinho ir descobrindo que profissão escolha no futuro, pois terá o conhecimento de suas habilidades, desta forma sua escolha profissional será menos traumática.
A qualidade escolar é outro fator preponderante para que o educando tenha um bom desenvolvimento, porque não adianta ter uma boa estrutura física, se a estrutura humana não tem preparo adequado para auxiliar na formação deste aluno.
Ramón Llongueras Arola, em seu livro “casa não é lar: o abrigo como contexto de desenvolvimento psicológico”, afirma que “Toda sociedade estabelece mecanismos próprios de ensino e de transmissão cultural, sem os quais não se pode entender a evolução de seus membros. Esses mecanismos agrupam-se em dois tipos básicos de ambientes educativos: um ambiente formal (formal setting), próprio do sistema escolar caracterizado por uma educação altamente regrada e estruturada, e um ambiente informal (informal setting), que agrupa as situações à margem da escola”.
Uma escola de qualidade tem um conjunto de fatores que eleva esta qualidade. Boa estrutura física, materiais didáticos, bibliotecas, espaço, professores bem formados, uma filosofia concreta (objetiva) e gestão autônoma. Tudo isto implica em uma boa qualidade e conseqüentemente um facilitador para o desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos.
Para os pesquisadores Estebam e Blasi, a influência do estilo de ensino e a ação didática é capaz de ordenar os fatores que influem no aprendizado eficaz do educando. A qualidade, o nível de instrução, incentivo, o tempo, são fatores variáveis que podem influenciar no desenvolvimento.
A escola não é simplesmente um abrigo obrigatório que a família tem que matricular seu filho, mas um local instituído para a construção de múltiplos conhecimentos, explorando no educando o desenvolvimento de suas inteligências que também são múltiplas e variadas.
Celso Antunes, renomado palestrante e pesquisador em seu livro “como desenvolver conteúdos explorando as inteligências múltiplas afirma que a escola nos últimos anos através de seus gestores e pesquisadores tem procurado quebrar paradigmas com uma visão inovadora no processo de ensino e aprendizado dentro de sala de aula. A escola não prepara o educando somente para o mundo do trabalho, mas também para o mundo social e afetivo e para isso temos que ter como atividade escolar, o estímulo e a educação cerebral nos nossos educandos. Segundo ele “As mudanças de paradigmas trazidas por essa nova visão da mente humana interferem, portanto, no tema da educação e trazem novas linhas de procedimentos para que a escola convencional acrescente às funções institucional, socializadora e preparadora para o mundo do trabalho uma outra, voltada ao estímulo e educação cerebral e assim, progressivamente, possa ir se transformando em um centro estimulador de inteligências”.
Nessa linha de raciocínio precisamos adaptar os conteúdos escolares a outros conteúdos que para Celso Antunes, são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem do educando na escola, sendo um fator determinante na sua formação integral.

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